Para quando
a casa do sonho
para quando
cavalos pela
alvorada
mastigavam
poeiras e orvalhos e nuvens
poeiras e
orvalhos e nuvens e tu
da janela
governavas a paisagem
para quando
as aleluias e as garças
donas de
tudo entre o pinheiro e a treva
a casa do
sonho a casa do sonho a casa
um badalo
convocava para o almoço
vozes e
risos pelos montes, tu
escondida na
horta, submersa
no pátio
ensolarado
dona de tudo
entre o pinheiro e a treva
para quando
a tarde extrema entre os teus dentes
a tarde com
a sua urgência, a tarde
com a sua
urgência
a tarde
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