O que é que eu faço nesta terra longe
onde ninguém nem minha língua fala?
não sabem o que é frevo, roça, bonde
até doçura de bala resvala
na língua deles para o som de um tiro
e é só tiro o que ouvem quando estoura
em minha boca a saudade do Rio
para mim é guizo pela noite fora
eles nem sonham como soa isso
Ô mãe, me conta quando é que eu volto
desta terra em que mais me enraízo
com quanto mais remorsos a revolvo
esse oceano que pus pelo meio
era o muro alto atrás do qual morava
mais doce, mais maduro, o verde alheio
hoje sei o que era: água salgada
tanta água, mãe, tanta, tanta água
que nordestino sol a enxugaria
meu caminho de volta para casa
que Itaipu o seca, que meio dia?
saudade de casa eu tb tenho, e olha que é só uma baía, não um ocenao inteiro.
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