onde está a minha cidade
deixei a que tinha
esta que adoptei
não é minha
falam quase a minha língua
mas com tão estranha sintaxe
que eu, quando abro a boca, é como
se mancasse
minha língua claudicante
vai tropeçando nos pronomes
e na falta de bigodes
no que se bebe, no que se come
quando, turista, visito
a cidade que deixei
lá não sou menos estrangeiro
ou então, se sou, já não sei
fiquei no meio do caminho
no meio do mar, no meio
do corredor do avião
entre lisboa e o rio
com outros no mesmo barco
faço churrascos, sambas, festas
para esquecer o que perdemos
fazer a conta do que resta
Adorei os poemas. Te achei na Carla Rodrigues, tb sou de Niterói e fui aluna de um Kopke chamado Mauricio.
ResponderEliminarVou voltar com certeza.
Bia.
Adorei o poema. Tb sou de Niteói e vou voltar sempre.
ResponderEliminarBia.
O Kopke chamado Mauricio é meu pai. Volte sempre.
ResponderEliminarQue feliz coincidencia!
ResponderEliminarVoltei e vou continuar a vir.
Gostei dos seus poemas e de poder ler mais da sua escrita.
ResponderEliminarNão pude deixar de lembrar do livro "Transatlântico", de Paulo Nogueira, cuja personagem principal achei deliciosa.
Um abraço e tudo de bom.