A aranha Epifânia
Era uma vez uma aranha
que se chamava Epifânia
e o dia inteiro, sem pressa,
esperava a sua presa.
O sol, por não gostar dessa
forma de ser, arremessa
sua incendiária seta
contra a armadilha de seda
mas não tem sorte e se enleia
a luz do dia na teia.
A aranha Epifânia, quieta
espera o sol que se agita
tecer seu próprio novelo
só então se põe a comê-lo
com mandíbulas de aranha
e uma calma de rainha
até estar de luz tão cheia
que dorme na sua teia
sua merecida sesta.
Do dia agora o que resta
é essa aranha em sua teia
que o pôr do sol encandeia.
26.8.05
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